20 dezembro 2009

OS PROBLEMAS DO PARQUE BARIGÜI


Todos sabem que o Parque Barigui é o parque mais frequentado de Curitiba, por todos os tipos de pessoas, de diversas classes sociais. Praticam seus esportes, passeiam com a família, e buscam no parque o contato com a natureza.

O que poucos sabem, é que o Parque Barigui, é uma Unidade de Conservação, assim como o Parque Nacional do Iguaçu. Existe uma lei das Unidades de Conservação que se chama SNUC (http://www.semarh.se.gov.br/biodiversidade/modules/wfdownloads/visit.php?cid=1&lid=1) , que estabelece critérios e normas para a gestão do parque. É um parque urbano, mas possui regras e normas iguais à um parque nacional, e tem como objetivo:

"A preservação de ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica, possibilitando a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de educação e interpretação ambiental, de recreação em contato com a natureza e de turismo ecológico."

O que observa-se no Parque Barigüi são atividades que não convém com os objetivos da Unidade de Conservação.
Em primeiro lugar, não deveria ser permitido o consumo de bebidas alcoólicas dentro do parque pois afeta a imagem do local, além da geração de resíduos sólidos urbanos.
Frequentemente, observam-se pessoas visivelmente bêbadas, consumindo cerveja próximo à ciclovia do parque, com seus sons turbinados. Será que um pai que leva seu filho para andar de bicicleta quer ver isso? Não basta haver placas que proíbem o som alto nem muito menos haver uma sede da Guarda Municipal dentro do parque, pois os abusos continuam.

Na floresta do outro lado da Cândido Hartmann, próximo à chaminé (bar) e a academia da prefeitura, é um caso de saúde pública. Lá é encontro de homossexuais que praticam suas atividades no meio do mato, deixando muito lixo principalmente camisinhas usadas.
Homem dentro da floresta
Inexistência de lixeiras
Eutrofização

Nesse mesma área do parque a alguns anos atrás, sagüis-de-tufo-branco [Callithrix jacchus (Linnaeus, 1758)] foram introduzidos no local em associação com o comércio ilegal de animais, e estão se reproduzindo rapidamente, chegando a ter relatos desses animais em ruas dos bairros Mercês e Santa Felicidade e também estão invadindo casas em busca de alimento. (http://www.institutohorus.org.br/index.php?modulo=inf_ficha_callithrix_jacchus)

Sagüís-de-tufo-branco

Os problemas estão aí, e a resposta da Prefeitura para resolver esses e outros problemas é...Privatização! Isso, vão privatizar o Parque Bariguí.

"A parceria público-privada abrange o Barigui como um todo, incluindo o pavilhão, que é um espaço para eventos, feiras e exposições”, explica Maurício Ferrante, assessor de Projetos Especiais da prefeitura. Segundo o assessor, diferentemente do que ocorre nas concessões, quando a administração pública simplesmente lança um edital de licitação, a PPP começa com uma consulta prévia ao mercado, para sondar a existência de empresas interessadas na parceria. “Até o mês que vem, devemos abrir licitação para o projeto”, anuncia Ferrante. “A partir daí, as empresas interessadas terão seis meses para apresentar as suas propostas.” (Fonte: Gazeta do Povo)

Falou-se em pavilhão de exposições ($$$$), mas não em "Unidade de Conservação", esquecendo da parte "desenvolvimento de atividades de educação e interpretação ambiental". A área aonde se encontrava o parque de diversões, poderia se tornar um parque de interpretação ambiental para crianças com atividades lúdicas e criativas. Hoje em dia:

Área sem uso
Área sem uso

Esses são somente alguns dos problemas do Parque Barigui, e para quem possui um olhar científico, educado, ecologista,indignado perante as coisas, a lista se torna maior ainda.
Reparou em mais alguns, possui fotos, vídeos? Mande para o meu e-mail!


QUER PROTESTAR?
Secretaria Municipal do Meio Ambiente (responsável pela administração do parque)
Tel. (41) 3335-2112. Email smma@smma.curitiba.pr.gov.br

5 comentários:

  1. Oi, estou fazendo também uma matéria sobre esse caso, pesquisei e achei você. Vou sempre ao parque, para acar lugar tranquilo para ler, e às vezes , andar de bicicleta. Aproveito e levo banana para os saguis. Tenho visto toda aquela depredação, e estou preocupada com o habitat dos macaquinhos, então hoje fui ao parque especialmente para tirar fotos. Até o fim da semana elas estarão sendo publicadas no blog www.paranaeco.blogspot.com . Irei colocar o link da sua postagem , ok?

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  2. Caminho sempre no Parque Bariguí e como uma pessoa que pensa globalmente, sou tolerante as diferenças seja por cor, religião, tipo de atividade ou orientação sexual dos frequentadores daquele espaço.

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  3. Hoje Curitiba é formada mais de 50% por pessoas de fora da cidade (e do Estado) e creio que as diferenças devem começar por aí. O antigo "bairrismo" que curitibano tinha, deixou de existir há muito tempo. Até na Boca Maldita (antigo reduto de curitibanos convictos) hoje se fala abertamente sobre tudo e todos, com risos e sempre entendendo o "outro lado". Vamos ser Globais e não Curitibocas.

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  4. Comentários preconceituosos. Por que o caso é de saúde pública só porque é frequentado por homossexuais? Comentário homofóbico. Não gostei

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  5. Apesar da apresentação de fatos que realmente são de interesse público, os comentários preconceituosos e homofóbicos tiram a credibilidade do texto de maneira geral.

    Eu, como um fiel frequentador do parque, posso afirmar que tais trilhas além de gays, também conta com mulheres que "ganham a vida com o corpo" então você poderia se referir ao caso como "comportamento inadequado de pessoas" e não tão somente "homossexuais". A orientação sexual das pessoas é IRRELEVANTES e esse tipo de preconceito é tão prejudicial ao parque como de toda a sociedade.


    "Criado em 1972, o Parque Barigui foi projetado para conter as enchentes e preservar a mata nativa da bacia do rio de mesmo nome. O parque é um dos maiores de Curitiba (1,4 milhões de metros quadrados) localizado no bairro Santo Inácio e Bigorrilho.
    O local é o queridinho dos Curitibanos e também de turistas até mesmo em dias de clima instável, e o alto número de frequentadores se da pela possibilidade de praticas esportivas como caminhada no seu circuito de aproximadamente 3km com vista para um enorme lago habitado por capivaras adoráveis, e também, uma incrível floresta nativa que auxilia na regularização da qualidade do ar.
    Frequentado por pessoas de todas as classes sociais em busca de contato com a natureza e para praticar esportes, também é possível verificar a prática de atividades que sujam a imagem do refúgio, tais como: Som alto, uso de drogas, consumo abusivo de bebidas alcoólicas entre outros, mesmo com a presença de uma sede da Guarda Municipal. O desrespeito da minoria, gera muitos problemas como: desconforto aos visitantes e também aos moradores da região, danos ao patrimônio público, danos ambientais pelo abandono de lixo, e consequentemente a diminuição de visitas pela sensação de insegurança proveniente das atividades irregulares.
    Uma maneira de minimizar ou até mesmo extinguir tais problemas, seria o reforço do policiamento com eficácia na fiscalização de todo o espaço do parque, aplicação de multas aos veículos com música alta, aos consumidores de substâncias inadequadas ao ambiente familiar e natural, e também, a construção de um centro de conscientização ambiental coletiva, onde as pessoas pudessem aprender sobre a importância da preservação da mata, do espaço público e da qualidade de vida no interior do espaço compartilhado".

    ME SIGAM NO INSTAGRAM PARA INFORMAÇÕES DE QUALIDADE SOBRE A GRANDE CURITIBA. @curitidude

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